Você não está diante de um manual. Está diante de um espelho. A leitura existencial da Bíblia não procura respostas externas, mas verdades internas. Ela parte da ideia de que os textos bíblicos não foram escritos apenas para serem estudados… mas para serem vividos. Quando nos aproximamos com escuta, algo no texto nos atravessa. Não é mais sobre a vida de Abraão, Moisés ou Maria. É sobre a nossa. Sobre o medo que a gente sente, a culpa que carrega, os recomeços que deseja. Kierkegaard diria que a verdade só é verdade quando é vivida. Tillich acrescentaria que a palavra de Deus não é o que foi dito — mas o que nos atinge no agora. Por isso, ler a Bíblia de forma existencial é deixar-se confrontar. É permitir que a palavra nos leia. Você está disposto(a) a não apenas entender o texto… mas deixar que ele revele quem você está se tornando? Débora Aquino
Filosofia e teologia existencial - Débora Aquino