Kierkegaard chamava isso de o pior tipo de desespero. Não o desespero que grita — mas o que silencia. Aquele que surge quando a gente se afasta de si mesma e passa a interpretar um papel para ser aceita, amada ou simplesmente tolerada.
Esse desespero é sutil. Ele vai se instalando aos poucos. Primeiro a gente começa a calar. Depois começa a se adaptar. Até que, sem perceber, está vivendo uma vida que não faz mais sentido… mas da qual não consegue sair.
A boa notícia é que esse incômodo pode ser o começo de uma volta.
Carl Rogers dizia que a mudança só acontece quando a gente aceita quem é agora. Mesmo imperfeita, em dúvida, em reconstrução. A aceitação é o primeiro passo para a reconciliação com a própria essência.
Esse desconforto que você sente?
Pode ser a sua alma pedindo pra voltar pra casa.
E talvez, escutar isso com coragem seja o gesto mais profundo de amor próprio que você pode viver.
Pergunta para reflexão:
Você sente que está vivendo uma vida fiel a quem você é de verdade?
Débora Aquino
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário ;)