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Transformar-se é voltar para si

Nem toda transformação parece grandiosa do lado de fora.
Às vezes, ela é sutil — silenciosa até.
Mas por dentro, algo se reorganiza.
E a gente começa a se reconhecer de novo.

Transformar-se não é abandonar quem se foi,
mas acolher quem se é, com mais honestidade.

Muitas vezes, o que chamamos de crise é, na verdade, um chamado:
um convite para voltar à essência,
para parar de fingir, de agradar, de correr atrás de uma versão de nós mesmos que não existe.

Esse tipo de transformação não nasce de regras.
Nasce do atrito entre o que vivemos e o que somos.
Entre o que esperam de nós… e o que precisamos ser.

É por isso que transformar-se dói.
Porque exige escuta.
Exige presença.
Exige desapego das velhas respostas.

Mas quando acontece — mesmo aos poucos —
a gente começa a andar mais leve.
Mais inteiro.
Mais verdadeiro.

E talvez seja isso:
Transformar-se não é se tornar outra pessoa.
É, enfim, voltar pra casa.

Débora Aquino 

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