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A vida começa quando encontramos sentido

Nem sempre é fácil saber o que a gente quer da vida. Às vezes, estamos tão ocupados tentando sobreviver, agradar, corresponder… que esquecemos de perguntar:

"Por que estou aqui? O que faz essa vida valer a pena?"

Viktor Frankl, psiquiatra austríaco e sobrevivente de campos de concentração nazistas, acreditava que a principal força que move um ser humano não é a busca por prazer ou sucesso — é a busca por sentido.

Ele viu isso nos lugares mais sombrios: quando tudo parecia perdido, o que fazia alguém continuar respirando era o vínculo com um “porquê”.

Uma causa. Uma responsabilidade. Um amor. Uma escolha interior.

Frankl dizia:

“Quem tem um ‘porquê’ enfrenta quase qualquer ‘como’.”

E essa frase, tão simples, pode ser uma virada na nossa forma de viver.

Transformar-se, nesse caminho, não é se tornar alguém perfeito.

É começar a viver com propósito.

É perceber que mesmo o sofrimento — quando é atravessado com consciência — pode nos levar a uma existência mais autêntica.

Essa busca por sentido se conecta diretamente ao que começamos a conversar ontem:

a coragem de ser quem se é.

Porque só encontra sentido quem se permite escutar o que pulsa dentro.

Quem para de correr atrás de fórmulas prontas… e começa a se responsabilizar pela própria história.

Talvez a pergunta mais importante da sua vida não seja:

“O que esperam de mim?”,

mas sim:

“O que essa vida está pedindo de mim, agora?”


Débora Aquino 

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