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Mostrando postagens de julho, 2025

A angústia como lugar de passagem

A maioria das pessoas vê a angústia como algo a ser eliminado. Como se fosse um defeito no sistema. Mas Kierkegaard pensava diferente. Para ele, a angústia é o estremecimento do espírito diante da liberdade. Ela não é o fim. É o início. A angústia nasce quando algo em nós desperta. Quando sentimos que não dá mais pra viver no automático. Ela surge na fronteira entre o que já não somos… e o que ainda não conseguimos ser. É desconfortável. Às vezes doloroso. Mas também é revelador. No fundo, a angústia denuncia que estamos vivos. Vivos por dentro. Sensíveis demais pra fingir que está tudo bem. Corajosas o suficiente pra não seguir se anestesiando. Kierkegaard dizia que a angústia nos prepara para o salto. Tillich chamaria isso de kairós — o tempo fértil, o agora eterno. Esse é o tempo da sua travessia. E talvez, o tempo do seu renascimento. Débora Aquino 

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