Bloqueio criativo - o que é e como libertar o poder criativo através das linguagens preferenciais.


E quando a criatividade acaba?


Nada mais desesperador pra quem se alimenta de ideias do que a sensação de não ter ideias. Esta é uma característica de pessoas inovadoras, criativas e resolvedoras de problemas. Estamos sempre em busca de coisas novas, soluções, surpresas e novidades.


Às vezes acho que sou uma máquina de produzir conteúdo. Escrevo um artigo atrás do outro, faço vídeos, leio 3 livros ao mesmo tempo, monto cursos e workshops e nessa vibe vou indo até que o monstrinho aparece: o bloqueio criativo.


Bom, estou passando por este momento agora, então vou compartilhar minha estratégia para resolver logo este período nebuloso.


Primeiro, já que não tinha ideias, resolvi escrever sobre meu próprio dilema: não ter ideias. Como podem ver , isso já é uma ideia, não?


Enquanto isso, estou investigando a causa do tal "bloqueio".


Recentemente li um livro que me impactou bastante - O NATURAL É SER INTELIGENTE, da Dawna Markova. Neste livro aprendi muito sobre como o pensamento funciona.


Cada um tem sua linguagem preferencial para receber informações, processá-las , armazená-las e depois acessá-las num insight criativo.


São as linguagens simbólicas da mente, que podem ser: visual, auditivo e cinestésico. Todos utilizamos estas três linguagens em momentos específicos, seja para se concentrar, organizar ou criar.


O nosso pensamento também é dividido em alguns níveis de consciência, e entre eles três são importantes no processo de aprendizagem e na criatividade: Modo focado (Beta), modo subconsciente(alfa) e modo inconsciente (teta).


Vou falar um pouco sobre cada um deles e qual está sendo minha estratégia para superar esse bloqueio criativo temporário.


A criatividade não é um estoque limitado de ideias, é um mundo de possibilidades que vão surgindo e sendo alimentadas pelo que consumimos em informações e liberadas através do inconsciente, ou o modo teta de pensamento.


Para entender melhor como isso acontece vou falar sobre esses três modos de consciência e como identificar a linguagem preferencial em cada um deles.


Modo consciente(beta) - Consumindo informações


Cada um tem sua linguagem ao se concentrar: uns se concentram melhor com estímulos visuais, outros ficam alertas ouvindo e dialogando, outros com a sensação do ambiente.


A linguagem preferencial no modo focado é aquela que não nos deixa divagar, que nos mantém alertas, presentes no momento. Aquela que mesmo com interrupções conseguimos retomar a atividade sem prejuízos.








No meu caso, descobri que sou Beta auditiva, ou seja, consigo consumir melhores informações utilizando esta linguagem. Preciso conversar com pessoas, ouvir boas ideias e informações.


Pensando nisso, procurei alguns podcasts, um hábito antigo que me fazia muito bem, mas por um tempo deixei de lado. Aliás deixei de lado até meu próprio podcast ( APRENDEDORES), mas vou retomar em breve, prometo.


Ouvir podcast e vídeos sobre temas do meu interesse me ajudam a acumular conteúdo para meus insights. Vou consumindo, consumindo até ter repertório suficiente para ter uma boa ideia.


A leitura também entra nesta etapa. Apesar de meu modo focado ser o auditivo, desenvolvi uma técnica de concentração na leitura, que é ler em "pensamento falado", ou seja, escuto minha própria voz no pensamento enquanto leio, assim me concentro mais.




Modo subconsciente (alfa) - Processando as informações




O estado subconsciente de pensamento é aquele momento que tudo parece meio confuso, incompleto. Quando tentamos pensar em algo mas não conseguimos concluir o pensamento. Na verdade este é o momento em que estamos processando as informações acumuladas e formando nossa própria opinião ou compreendendo melhor os fatos.


Alfa é a ponte entre os mundos interior e exterior. Quando o cérebro está produzindo mais ondas alfa, somos capazes de dividir a atenção, mantendo simultaneamente os focos externo e interno. Ou seja, é a linguagem que nos deixa centrados.


Cada um tem uma linguagem preferencial que ativa o modo subconsciente também e descobrir qual é a sua pode ajudar a estimular este processamento na mente.

Vejamos como podem ser as linguagens:







Dadas as informações, descobri que o que me ativa o pensamento alfa são estímulos cinestésicos.

Fazer outras coisas. Isso mesmo, desligar a mente um pouco desta necessidade de produzir. Peguei minha máquina de costura e algumas roupas para reformar. A exigência em produzir conteúdo às vezes só atrapalha, então vou dar um tempo e costurar.

Outra decisão foi voltar à academia. Essa sensação de energia reprimida é falta de movimento. Preciso do movimento para organizar minhas ideias.








 Modo inconsciente (teta) - Libertando o poder criativo em mim


A nossa mente inconsciente onde acumulamos todas as informações consumidas e processadas pelo subconsciente. É o modo de funcionamento do cérebro mais criativo, onde podemos voar na imaginação.

Descobrir qual linguagem funciona como um botão para ligar este modo de pensamento pode ser a chave para ter os insights que precisamos.

É claro que um pré-requisito para isto são os dois modos anteriores: Modo focado(beta) para receber e alimentar a mente com informações relevantes e modo subconsciente(alfa) para processar e organizar as ideias.

Feito isso, o caminho é ativar o inconsciente. Deixar tudo que está guardado lá vir à tona em forma de ideias e insights.

Como fazer isto?

Cada um tem um jeito, uma linguagem que desperta o pensamento criativo.

Qual é a linguagem que te faz viajar em pensamentos? se desprender do presente e ir longe em ideias a ponto de perder a noção do tempo? Visual, auditiva ou cinestésica?

Aí está a chave. Se você descobre sua linguagem "teta" você pode dar um tempo pra sua mente oferecendo os estímulos que ela precisa para criar.









Ao identificar meu modo inconsciente consigo oferecer o que minha mente realmente precisa. Sou visualmente sensível, ou seja, estímulos visuais estimulam minha criatividade. Gosto de ver lugares bonitos, da sala de trabalho arrumada, de apreciar minhas plantas. Nestas horas tenho as melhores ideias.

Sugiro que você leia o livro O natural é ser inteligente, da Dawna Markova para compreender melhor sobre o tema e tirar o melhor proveito de suas linguagens preferenciais.

É isto que estou fazendo, colocando em prática estes conhecimentos e tentando superar este período de baixa produtividade. Trabalho com produção de conteúdo, então preciso superar o mais rápido possível este momento.

O Bloqueio criativo pode afetar a qualquer pessoa em algum momento da vida e é bem frustrante sim, mas com as ferramentas certas é possível ir contornando a situação e voltar ao normal.

Bom, agora vou dar um passeio com minha família, conversar sobre mil coisas e deixar o tempo passar. Logo volto com o podcast, vídeos e mais artigos interessantes.


See you ;)